A Blackmagic Design anunciou que a produtora The Family, localizada em Brooklyn, Nova Iorque, usou vários de seus produtos em trabalhos de produção virtual da comédia romântica de ficção científica “Molli and Max in the Future”. O filme, que estreou recentemente no SXSW Film and TV Festival 2023, cria um universo como nenhum outro combinando efeitos visuais (VFX) práticos das antigas com tecnologia de produção virtual de ponta.
Estrelado por Zosia Mamet e Aristotle Athari, “Molli and Max in the Future” fala sobre um homem e uma mulher cujas órbitas colidem repetidamente ao longo de 12 anos, quatro planetas, três dimensões e um culto espacial. Para ajudar a criar a história de amor positiva ambientada em um vasto mundo de ficção científica, o diretor criativo da The Family, Steve Dabal, comandou o fluxo de trabalho de produção virtual do filme, colaborando estreitamente com o diretor Michael Lukk Litwak e o diretor de fotografia/supervisor VFX Zach Stoltzfus.
“Michael tinha uma visão sólida para o mundo que queria criar, que se encaixava bem com a narrativa voltada para a tecnologia que fazemos na The Family”, disse Dabal. “A produção virtual e o departamento de arte virtual permitiram que a equipe aperfeiçoasse os ambientes para garantir que eles refletissem os personagens, incluindo a estética dos planetas dos personagens principais, um componente essencial da história. Todos os segundos planos e paisagens foram criadas antes das filmagens, para conseguir o visual desejado sem ocupar um espaço enorme no set.”
Usando uma parede de LED de 15 m x 3,5 m, a pipeline de cores de produção virtual foi desenvolvida com base no software de edição, gradação, VFX e pós-produção de som DaVinci Resolve Studio, no switcher de produção ao vivo ATEM Mini, na placa de captura e reprodução DeckLink 8K Pro e no monitor SmartScope Duo.
Graças ao DaVinci Resolve Studio, a The Family conseguiu entregar um visual diferente para o filme em tempo real no set. “Para as cenas VFX na câmera, buscamos o pixel final, pois o objetivo era minimizar a quantidade de efeitos visuais necessária na pós-produção. Uma boa parte dos plates tinha conteúdo 2D, o que dá muito menos controle em comparação com os segundos planos 3D do Unreal Engine”, explicou Dabal. “Para assegurar a correspondência de cores, gravamos os ativos LOG na parede de LED e, em seguida, uma LUT foi criada no DaVinci Resolve Studio, que pôde ser colocada sobre os ativos, ajustando a intensidade da LUT no set para o visual final.”
A equipe também usou câmeras digitais cinematográficas Blackmagic URSA Mini Pro 4.6K e Blackmagic URSA Mini Pro 4.6K G2 durante um ano de testes detalhados que ajudaram a criar o visual único do filme.
Dabal continuou: “O ingrediente secreto da produção virtual é sempre a P&D, então a pré-produção era essencial. Montamos um pequeno palco de LED no Brooklyn, que Michael e Zach visitaram várias vezes durante o ano de pré-produção. Disponibilizamos conteúdo para que eles brincassem e aperfeiçoamos o visual do filme, por exemplo, testando o fluxo de trabalho de cores, usando distâncias focais para usar miniaturas 2D de forma convincente como plates de segundo plano e definindo o visual fora das janelas das naves espaciais. Para as cenas no Unreal Engine, desenvolvemos storyboards que foram aperfeiçoados com substitutos dos atores para que, no dia da filmagem, Michael, Zach e o eletricista-chefe Jesse Moritz já tivessem visto os efeitos visuais da câmera.
“Mantivemos as câmeras URSA Mini Pro no palco durante os testes, já que sua interface de usuário acessível permite que qualquer pessoa faça a P&D, seja Zach trabalhando na ciência de cores, Michael revisando como seus storyboards se traduzem em filmagens no volume ou Jesse vendo como diferentes fontes de luz se desempenharão em relação à potência luminosa dos painéis de LED.”
Houve alguns dias de preparação em que Litwak estava na figurinação e não pôde estar no palco, então, a The Family transmitiu ao vivo com a URSA Mini Pro 4.6K no feed VFX da câmera por meio de um ATEM Mini conectado ao Zoom, o que permitiu que Litwak desse feedback direto e analisasse os visuais, mesmo que remotamente.
Segundo Dabal, a quantidade de efeitos práticos e digitais em “Molli and Max in the Future” é impressionante, ainda mais para um filme de gênero. “Adotar novas tecnologias dá medo, por isso, sou muito grato por podermos usar nosso conhecimento técnico para superar limites”, afirmou. “Para mim, um filme como ‘Molli and Max in the Future’ é um ótimo exemplo de como podemos pegar um gênero como a comédia romântica e usar a tecnologia para levá-lo a outro patamar. Isso não é apenas um grande fator de diferenciação para um projeto, mas também uma nova abordagem para o público, que mostra como a tecnologia de produção virtual pode ser usada em projetos além de filmes caros de ficção científica e fantasia.”
Dabal concluiu: “Nosso objetivo é fazer uma estreita parceria com nossos cineastas para ajudar a dar vida à visão e estilo específico deles, e nenhum projeto exemplifica isso mais do que ‘Molli and Max in the Future.’ Nossa pipeline de produtos Blackmagic Design nos deu a flexibilidade e a possibilidade de dar vida ao seu belo universo. Tenho orgulho de ter trabalhado ao lado de um elenco e equipe que confiaram em nós para fazer parte dessa jornada”.